Lembrando que ainda falta outras bandas de peso pra se apresentarem no palco do ROCK IN RIO, a MUSE detonou geral
Depois de uma primeira noite marcada por Ivete Sangalo, David Guetta e Beyoncé, e do início da agenda deste sábado (14) servido por Capital Inicial, 30 Seconds to Mars e Florence and the Machine, o Palco Mundo enfim recebeu uma banda de mais peso na quinta edição nacional do Rock in Rio. Com uma guitarras e baixos bastante distorcidos, elementos eletrônicos e uma cozinha precisa, a banda fez o show que mais fez jus até agora ao nome de origem do festival - o rock de arena, o rock voltado para grandes multidões.

Contrariando a expectativa mais "óbvia", o Muse não tentou cativar a grande plateia de 85 mil pessoas com seus hits mais radiofônicos. Pelo contrário. O trio priorizou suas canções mais pesadas, mais rápidas e Matt Bellamy não poupou sua guitarra, que gritou durante toda a apresentação.
Depois de crescer muito nos últimos anos e se acostumar com plateias numerosas nos gigantes festivais europeus, o Muse encarou a plateia do Rock in Rio com naturalidade, mas com igual comprometimento, mesmo que esse show não carregue os mesmos aparatos técnicos visuais que os shows no velho continente. A parte mais pop do show veio somente Follow Me e Madness, que mesmo assim mantiveram o clima no alto. Feeling Good, canção famosa na voz de Nina Simone, também é figurinha carimbada nos shows do Muse e não foi desta vez que ficou de fora.
Em um show quase sem paradas, emendando uma faixa à outra, a banda apresentou um repertório contemplando canções de quase todos os seus álbuns - à exceção de Showbiz, seu primeiro trabalho, lançado em 1999. Depois da abertura com a Supremacy, primeira faixa de seu mais recente disco, The 2nd Law (2012), o trio alternou sucessos como Plug in Baby,Hysteria e Stockholm Syndrome com as mais novas Panic Station e Madness.
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Com muita distorção e elementos eletrônicos, Muse fez um dos shows mais intensos da segunda noite do Rock in Rio, neste sábado (14) |
"Vocês são ótimos", "Rock in Rio!" e um ou outro "muito obrigado" falado em português foram algumas das poucas palavras ditas ao longo do show por Bellamy - que, assim como têm feito muitos outros artistas no evento, em dado momento do show desceu para a área da pista para ficar mais perto dos fãs. Mas não eram os discursos de um dos integrantes da banda que o público esperavam, mas sim um show à altura de um grande festival. E foi o que o Muse lhes deu.
A finalização veio com a épica Knight of Cydonia, que ganhou uma introdução arrojada com gaita lembrando o tema do faroeste Era Uma Vez no Oeste, trilha do lendário Ennio Morricone.
FONTE: JORNAL DO BRASIL
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