ESPORTE / NBA FINAL
Times se reencontram
pela terceira vez na decisão da liga basquete
Por: Eduardo Zobaran
Dois supertimes, Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers,
em uma trilogia. Para alguns, é a prova de que a NBA, com seus 30 times, vive
seus dias de maior desequilíbrio técnico. O que ninguém pode negar é que a
ínédita terceira decisão consecutiva entre os dois melhores times é o capítulo
final que todos aguardavam. A série será disputada em melhor de sete partidas e
começa hoje, às 22h (ESPN transmite).
FOTO: REPRODUÇÃO / O GLOBO |
A partida será em Oakland, na Califórnia, casa dos Warriors,
que teve a melhor campanha na temporada regular. Em 82 jogos, foram 67 vitórias
pela Conferência Oeste contra 51 dos Cavaliers pela Leste, que ficaram apenas
com a quinta melhor colocação na NBA. Mas não é por esse motivo que os Warriors
são considerados favoritos a ganharem seu segundo título da história. O grande
trunfo nesta decisão é um ala conhecido do público brasileiro: Kevin Durant,
que comandou o time americano ao ouro no Rio-2016.
Durant chegou ao time na atual temporada. Quatro vezes o
maior cestinha da liga e uma vez o melhor da temporada, ele aproveitou o passe
livre para correr em busca de um anel de campeão. Não foi para um time
qualquer. Na temporada 2015/16, os Warrios bateram o recorde de vitórias em uma
temporada: 73 em 82 jogos, deixando para trás uma marca do Bulls de Michael
Jordan.
Curry divide protagonismo
No time californiano, o ala de 2,06m
teve um baque. Uma lesão o tirou de 20 jogos, a maior parte deles em maio. Ao
dividir o papel que tinha no Oklahoma City Thunder, Durant viu sua média de
pontos por jogo cair cerca de três pontos por jogo. Foram 25,1 pontos por
partida, apenas 0,2 pontos a menos por jogo que Curry, o grande ídolo da
franquia. Ainda assim, Durant foi muito importante, liderando o time em rebotes
(8,3 por jogo) e tocos (1,6). Com todos em quadra, o time tem feito história.
Neste playoffs, invencibilidade: 12 vitórias em 12 jogos.
Se a ida de Durant fortaleceu os
Warriors, também o colocaram numa desconfortável situação de ser criticado por
muitos por querer um título a qualquer preço. Apesar disso, ontem ele garantiu
que não vê isso como uma pressão extra.
— Eu tento ser o melhor que posso. Se
eu não jogo nos meus padrões, é isso que me deixa chateado. Eu tenho jogos
ruins, mas o mais importante é que eu seja o melhor que eu posso ser — afirmou,
sempre sério ao falar do assunto.
LeBron enfrenta
racismo
Do outro lado da quadra o ala LeBron
James é o grande protagonista, apesar de ter no armador Kyrie Irving e no
ala-pivô Kevin Love grandes coadjuvantes. Na temporada passada, ele ajudou seu
time tirar a vantagem de 3 a 1 dos Warriors e levar o título ao vencer por 4 a
3. Ontem, no entanto, teve que falar sobre algo que nada tem a ver com o
basquete após sua casa em Ohio ser pichada com termos racistas.
— Isso mostra que racismo vai ser
sempre parte do mundo, parte dos Estados Unidos — disse LeBron, em tom sério. —
Não importa quanto dinheiro você ganhe, ser negro nos Estados Unidos é duro.
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