NOTÍCIAS / TREMOR 4,6 GRAUS – MARANHÃO
O professor de
Geografia Física da Uema, Luís Jorge Dias, afirmou que composição das rochas no
solo maranhense pode ter sido a causa do tremor
Por Geoge Raposo
Uma
das explicações possíveis para o tremor de terra sentido em São Luís foi dada
pelo professor de Geografia Física da Universidade Estadual do Maranhão (Uema),
Luis Jorge Dias. Segundo o professor, a composição das rochas no solo da
capital maranhense é suscetível a acomodação das mesmas gerando abalos
sísmicos.
FOTO: REPRODUÇÃO |
“O que aconteceu se explica como um tremor de
acomodação, ou seja, as rochas estão saturadas do peso que elas suportam do
solo para baixo. Isso é bastante comum em lugares com rochas sedimentares, pois
elas são mais novas e suscetíveis”, afirmou.
Além disso, Dias explica que há uma falha geológica
na costa do Maranhão, que faz com que haja uma maior propagação na percepção do
tremor por parte dos humanos.
“A percepção é maior aqui, pois há uma proximidade
com falhas geológicas. A faixa costeira que vai de Alcântara a Icatu é
recortada em sua faixa norte, desde Itaqui a Curupu, por uma falha profunda. E
isso permite uma propagação mais concentrada do abalo sísmico”, completou.
Em 1994, após um terremoto no Chile, tremores foram
sentidos em São Luís e segundo Dias, quando isso ocorre há um abaixamento leve
(entre 1 e 2 cm) da superfície. O professor não descarta a possibilidade de
abalos secundários. “Possivelmente pode acontecer um abalo secundário nos
próximos dias”, encerrou.
Luís Jorge Dias ainda alerta para as autoridades
sobre possíveis danos a estruturas de prédios em São Luís. “É bom que as
autoridades, CREA e Defesa Civil, verifiquem as estruturas dos prédios,
sobretudo em construção para ver comprometimento em vigas”, alertou.
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