ESPORTE / COPA AMÉRICA 2015
Nos
pênaltis, Chile bate a Argentina e conquista a Copa América em casa
Marcus Alves, de Santiago (CHI), para o
ESPN.com.br
Chile venceu a Argentina nos pênaltis por 4 a 1 / GETTY |
Foi nervoso. Foi dramático. Foi
emocionante. Mas não poderia ser diferente: depois de empatar em 0 a 0 no tempo
normal e também na prorrogação, o Chile bateu a Argentina nos pênaltis e
conquistou o título da Copa América, neste sábado, no Estádio Nacional, em
Santiago. É o primeiro troféu da centenára história do time comandado por Jorge
Sampaoli.
Ele levou a melhor nas penalidades e venceu por 4 a 1
nas cobranças.
Matías Fernández, Arturo Vidal,
Aránguiz e Alexis Sánchez marcaram para os donos da casa. Lionel Messi foi o
único a conferir do lado adversário. Higuain e Banega desperdiçaram.
O resultado consagra a volta por
cima dos chilenos após a eliminação para o Brasil no último Mundial. Foram
quatro vitórias e dois empates em uma campanha marcada também por acusações de
suposto favorecimento na tabela, acidente com o destaque Vidal e ainda por
controvérsias envolvendo a confusão entre Jara e o uruguaio Cavani, nas quartas
de final.
A Argentina prossegue, por outro
lado, com um jejum de títulos que se mantém desde 1993.
Messi observa comemoração chilena GETTY |
O presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, foi o
responsável por entregar a taça.
Esse foi o seu primeiro jogo na
Copa América. Com o seu nome ligado às investigações do FBI nos casos de
corrupção na Fifa, ele chegou a Santiago somente na manhã deste domingo.
Os anfitriões garantiram US$
6,5 milhões (R$ 20,5 milhões) em premiação.
Suaram para isso.
Em campo, o Chile não precisou de
mais do que dez minutos para afastar de uma vez por todas a sensação que havia
de que estava "c... de medo" após o 6 a 1 da Argentina sobre o
Paraguai, nas semifinais. Não poderiam estar mais equivocados: os donos da casa
deram um vareio nos minutos iniciais e começaram a partida em um ritmo
alucinante.
Com 15 minutos, contavam com 70%
da posse de bola.
Não fosse por Romero, teria sido
suficiente para sair na frente no placar. Aos 10, Sánchez recebeu passe de
Valdivia na direita, arrancou e cruzou na área para corte parcial de
Demichelis. O zagueiro afastou mal e deixou a bola livre para finalização de
Vidal. O meia pegou de primeira e exigiu grande defesa.
Foi por pouco.
A pressão era toda dos chilenos,
mas os argentinos, enfim, chegaram.
Em cobrança de falta de Messi,
Agüero se antecipou à defesa e completou de cabeça para Bravo salvar os donos
da casa, aos 19.
A bola não parava.
Arturo Vidal celebra seu gol de pênalti GETTY |
Os comandados de Sampaoli levaram perigo novamente aos
22, aproveitando a avenida deixada por Rojo em suas costas para lançar Vargas
na direita. O goleador da Copa América entrou em diagonal, mas, na hora de
finalizar, mandou por cima.
Faltava pontaria ao Chile.
Faltava sorte à Argentina.
Aos 28, Di María sentiu lesão e
deixou mais cedo o gramado para entrada de Lavezzi. O meia-atacante do
Manchester United já havia ficado de fora da final do último Mundial por
problemas físicos.
Antes da ida para o intervalo,
Vidal de um lado e Lavezzi do outro ainda receberam dentro da área, mas foram
bloqueados ao finalizar. Sobraram chances de gol para os dois times no primeiro
tempo.
Mesmo sem o brilho das
semifinais, Messi teve participação importante nos 45 minutos iniciais ao
arrancar cartões amarelos para Medel e Marcelo Díaz, dois dos três zagueiros
chilenos.
O Chile manteve a pressão na
volta dos vestiários.
O domínio da Roja era diferente,
no entanto. Não se fazia sentir pela intensidade, mas pela posse de bola. O
ritmo em campo foi outro no segundo tempo.
A oportunidade mais clara, e
talvez a melhor da partida, saiu apenas aos 38 minutos, em lançamento de Aránguiz
para Sánchez, que recebeu na área e girou batendo de primeira, arrancando o
grito de gol no Estádio Nacional.
O troco argentino veio em
seguida: em contra-ataque puxado por Messi no último lance da etapa final, aos
46, Lavezzi foi acionado na esquerda e cruzou para a entrada de Higuain do lado
direita. O centroavante chegou a completar, mas ela ficou na rede do lado de
fora. Alívio geral entre os chilenos.
Os anfitriões estavam mais
inteiros e mostraram isso na prorrogação.
Marcelo Díaz, em chute por cima,
e Sánchez, aproveitando furada de Mascherano, ameaçaram na primeira parte. O
nervosismo tomou conta na segunda e o duelo acabou sendo decidido nos pênaltis,
mesmo.
O público foi de 45.693 mil
pessoas em Santiago.
Com o resultado, o Chile
assegurou ainda lugar na próxima Copa das Confederações, na Rússia, em 2017.
FICHA TÉCNICA
CHILE (4) 0 X 0 (1) ARGENTINA
CHILE (4) 0 X 0 (1) ARGENTINA
Local: Estádio
Nacional, em Santiago (Chile)
Data: 4 de julho de 2015, sábado
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Alexander Guzmán e Cristian de la Cruz (ambos da Colômbia)
Cartões amarelos: Francisco Silva, Medel, Marcelo Díaz e Aranguíz (Chile); Rojo, Mascherano e Banega (Argentina)
Data: 4 de julho de 2015, sábado
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Alexander Guzmán e Cristian de la Cruz (ambos da Colômbia)
Cartões amarelos: Francisco Silva, Medel, Marcelo Díaz e Aranguíz (Chile); Rojo, Mascherano e Banega (Argentina)
Pênaltis:
CHILE: Matías Fernández, Vidal, Aránguiz e Sánchez converteram
ARGENTINA: Messi converteu; Higuain e Banega perderam
CHILE: Matías Fernández, Vidal, Aránguiz e Sánchez converteram
ARGENTINA: Messi converteu; Higuain e Banega perderam
CHILE: Bravo;
Isla, Medel, Francisco Silva e Beausejour; Marcelo Díaz, Aránguiz, Vidal e
Valdivia (Matías Fernández); Vargas (Angelo Henríquez) e Alexis Sánchez
Técnico: Jorge Sampaoli
Técnico: Jorge Sampaoli
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Demichelis, Otamendi e Rojo;
Mascherano, Biglia e Pastore (Banega); Messi, Di María (Lavezzi) e Aguero
(Higuain)
Técnico: Gerardo Martino
Técnico: Gerardo Martino
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